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Rumo Logística espera desembolsos de nova linha do BNDES ainda neste ano

A Rumo Logística teve recentemente sinalizações de que o processo de enquadramento para obtenção de novo financiamento junto ao BNDES deve seguir para aprovação nas próximas semanas e que deve levar de dois a três meses para ser formalizado.


Na avaliação do vice-presidente financeiro da empresa, José Cezário Sobrinho, "com um pouco de sorte", a Rumo deve ter novidades a respeito do financiamento ainda neste trimestre e desembolsos acontecendo ainda neste ano.


A conclusão de processo de capitalização em abril possibilitou à Rumo a reestruturação de dívidas com bancos, bem como o comprometimento do BNDES com aprovação de 2,8 bilhões de reais adicionais para a empresa. Os recursos serão dedicados à execução do plano de investimentos da transportadora logística.


Sobre linhas antigas com o BNDES, a companhia disse que teve algumas frustrações nas liberações previstas, mas espera normalização no terceiro trimestre. O atraso na nova linha pleiteada foi gerado pelas mudanças no governo federal e na alta administração do BNDES.


QUEBRA DE SAFRA DE MILHO

Em seu balanço do segundo trimestre, divulgado na noite de quarta-feira, a transportadora ferroviária previu para o segundo semestre queda de aproximadamente 13 por cento na produção da segunda safra de milho. Isso deve prejudicar os volumes transportados destinados para a exportação.


Nesta quinta-feira, executivos da Rumo afirmaram que o maior impacto nos volumes está previsto para novembro e dezembro. Os volumes no terceiro trimestre devem ficar em linha ou um pouco acima do programado, e outubro deve ser um mês praticamente normal, disse o presidente da Rumo, Julio Fontana Neto.


Em novembro e dezembro, diante da provável frustração nos volumes transportados com clientes, a empresa contará com o pagamento na modalidade "take or pay". Apesar dessa hipótese ser pior para a companhia, a Rumo está buscando melhorias operacionais e redução de custos para compensar, tendo mantido assim sua meta de Ebitda em 2016 entre 2,3 bilhões e 2,5 bilhões de reais.


A expectativa também é de alcançar a meta com execução dos novos contratos, uso da capacidade disponível para atender o mercado interno e transporte de mais açúcar.


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