Após 48h de paralisação, estivadores voltam ao trabalho no Porto de Santos

Os estivadores que atuam no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, encerraram às 7h desta segunda-feira (18) a greve de 48h, que teve início no sábado (16). A categoria reivindica um reajuste salarial de 11,87%, aumento real de 10%, além de adicional de risco de 40% e vale-refeição de R$ 30. Os valores se aplicam nos vencimentos dos trabalhadores avulsos e vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO).

Neste domingo (17), trabalhadores realizaram uma manifestação em frente aos terminais portuários. Segundo os estivadores, algumas empresas estavam utilizando mão de obra estrangeira para movimentar carga.

"Em um país que tem mais de 10 milhões de desempregados, essas empresas não ferem só a Constituição, como também ferem a sociedade, porque esse gringo que trabalha na nossa função não vai deixar o dinheiro aqui [no Brasil]", disse o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, o 'Nei'.

O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) informou, por meio de nota, que as empresas da câmara de contêineres não contratam mão de obra estrangeira. No entanto, quando há algum problema operacional, essas empresas notificam armadores, que não têm como realizar os serviços nos contêineres e os armadores e comandantes dos navios realizam tais serviços com sua própria tripulação.

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