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Dragagem emergencial do canal de acesso aos portos em Itajaí está sem data para começar

Nove meses após as cheias do Vale do Itajaí terem assoreado o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes, a dragagem, que deveria ser feita em caráter emergencial, ainda não tem data para sair do papel. A licitação aberta pelo governo federal teve abertura de envelopes deserta no mês passado _ nenhuma empresa se candidatou para executar o serviço, avaliado em R$ 65 milhões. O problema é que a Secretaria Especial de Portos (SEP) foi incorporada ao Ministério dos Transportes pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) e, até agora, não tem ninguém no comando. Assim, as tratativas para relançar o edital têm esbarrado nas mudanças de configuração em Brasília. Aliás, a licitação deserta seria um indício da insegurança de empresas internacionais que chegaram a consultar oficialmente o edital em fechar contratos com o governo federal, dado o atual cenário de instabilidade.

A obra O assoreamento fez com que o canal perdesse cerca de 2 metros de profundidade, e o cálculo indica que a será necessário retirar do fundo do Itajaí-Açu 3,7 milhões de metros cúbicos de resíduos_ algo que a dragagem de rotina não é capaz de absorver. Com o canal assoreado, há restrições de calado para os navios que aportam nos terminais locais, o que interfere, inclusive, na logística dos armadores _ os navios têm limitação no volume de cargas para que não se aproximem demais do fundo do Itajaí-açu. Para completar, a autoridade portuária ganhou mais uma dor de cabeça na última semana: a draga que faz o serviço de rotina em Itajaí está temporariamente parada por um problema técnico.

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