Porto de Suape alcança 4º posição no Índice de Desenvolvimento Ambiental
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) acaba de elevar em duas posições a avaliação do Complexo Industrial Portuário de Suape no Índice de Desempenho Ambiental Portuário (IDA). Com o crescimento, o atracadouro pernambucano assumiu a 4º posição no ranking com nota geral 83,66%, referente ao segundo semestre de 2015. A pontuação obtida representa um aumento de 5,39% em relação ao primeiro semestre de 2015, quando o porto registrou nota geral de 79,38%. O rápido crescimento do Porto de Suape no ranking da Antaq comprova o investimento sistematizado em práticas ambientais adequadas para a proteção do meio ambiente, unindo o desenvolvimento econômico ao sustentável. No ranking geral, o Porto de São Sebastião (SP) alcançou o 1º lugar com nota geral 99,37%, seguido pelo Porto de Itajaí (SC) (93,74%), e pelo Porto de Itaqui (MA) (89,32%) em 3º lugar. O Porto de Paranaguá (PR) ficou em 5º lugar (83,11%) na avaliação. O Porto de Santos, o maior do país, alcançou o 10º lugar com nota 65,85%. A avaliação, criada em 2012, acompanha o desenvolvimento de 30 portos brasileiros, com base em 38 indicadores (ou atributos) que refletem o grau de atendimento à legislação ambiental aplicável e boas práticas observadas no setor portuário. Além de funcionar como elemento de comparação entre processos de gestão em instalações portuárias sob a ótica da Antaq, o IDA constitui uma ferramenta para que os gestores portuários conheçam os pontos fortes e fracos de sua gestão ambiental e busquem a excelência neste sentido. Os indicadores são classificados em quatro categorias, que avaliam a capacidade econômico-operacional, sociocultural, físico-química e biológico-ecológica. O somatório dos valores correspondentes aos níveis de atendimento para os indicadores específicos fornece o resultado geral de desempenho ambiental da instalação portuária. Práticas adotadas recentemente pelo Porto de Suape elevaram a pontuação do atracadouro. Entre as ações de destaque, a criação da Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que trouxe para o núcleo ambiental investimentos específicos. Outro ponto importante foi o gerenciamento da energia, com as definições de medidas, ações e estratégias para a redução do consumo de energia e o acompanhamento dos indicadores de eficiência. Ainda no setor de eficiência energética, a instalação e utilização da energia solar para a iluminação do molhe no porto externo, incluindo a área de píeres foi um diferencial. O Ida também contribuiu para a intensificação das auditorias ambientais dos terminais arrendados. O mesmo aconteceu com o atributo referente às certificações ambientais voluntárias dos terminais, que passou a crescer cada vez mais com 75% dos terminais certificados. A adoção de práticas do programa de educação ambiental nos terminais arrendados também contribuiu para a evolução do porto. Ainda entre os destaques, o monitoramento da qualidade da água do porto que passou a ser acompanhado periodicamente gerando um registro de informações em um banco de dados. A iniciativa consiste na coleta de amostras das águas da área marítima do porto e estuarinas dos rios Ipojuca, Massangana e Tatuoca. Com a realização desse trabalho, o porto tem em mãos um dos mais importantes documentos da sua história. Esse diferencial possibilita o mapeamento da atual situação ambiental da região, o desenvolvimento de ações de prevenção e o controle ambiental, a exemplo das ações de reflorestamento já executadas por Suape. “O IDA, desde a sua primeira edição, nos motivou a nos adequar ao padrão de gestão ambiental sugerido. O índice é um importante indicador, garantindo mais segurança ao setor e, também, atraindo empresas que buscam vincular suas marcas a portos com excelência ambiental”, pontuou Jorge Araújo, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape. PORTO - Suape é dividido em porto interno e porto externo. Possui um molhe, que é uma proteção formada por agrupamentos de pedras de grande volume, com 3 mil metros de extensão, e que abriga os quatro píeres de granéis líquidos (1, 2, 3A e 3B) e o Cais de Múltiplos Usos do porto externo contra correntes marítimas. No porto externo, é onde acontece toda carga e descarga de produtos líquidos tais como diesel, gasolina, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), álcoois e produtos químicos. O porto interno possui 1,6 mil metros de cais e cinco berços em atividade que movimentam carga geral, contêineres, veículos, granéis sólidos, entre outros.