Representantes do comércio debatem situação do Porto de Manaus e pedem revitalização
A perda de faturamento foi um dos principais assuntos debatidos ontem (21) durante a reunião que discutiu a revitalização do porto localizado no Centro de Manaus, entre os diretores da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio/AM) e o diretor-presidente das Empresas Arrendatárias do Porto Público de Manaus, Judson Drummond.
Durante o debate, Drummond citou como referência o porto da cidade de Belém, no Pará, e afirmou que o projeto original do porto público de Manaus era superior ao daquela cidade, mas que não foi executado em sua plenitude. O gestor lembrou que a troca de gestão em 2011, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) assumiu a administração do porto, deu novo impulso aos debates sobre a modernização do porto.
Em dezembro de 2012, foram recuperados dois flutuantes, uma obra sem visibilidade pública, mas que pela primeira vez em sua história garantiu certificações ao empreendimento. Os flutuantes, desde 1908, nunca haviam passado por processo de recuperação.
Em 2014, por determinação do Conselho Nacional de Desestatização, a Companhia Docas do Maranhão se tornou a arrendatária do porto público de Manaus.
O gestor argumenta que um dos principais problemas enfrentados pelo porto de Manaus, hoje, é a burocracia, contratos assinados em 2014 pelo Dnit, até hoje não foram executados devido a trâmites burocráticos nos diversos órgãos públicos.
“Um dos objetivos da modernização visa à organização do Roadway, principalmente o fluxo de veículos, o aumento do controle sobre o embarque de passageiros e melhorias das condições de embarque. Uma das metas é ter um maior controle sobre a venda de passagens, melhor exploração comercial do porto e reabertura do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC)”, enfatizou Drummond.
Entre as metas já alcançadas, Drummond citou a restauração do museu do Porto e a separação dos embarques entre veículos e passageiros com destinos nacionais e internacionais.
Diversos questionamentos foram feitos pela diretoria da Fecomércio/AM e comerciantes amazonenses durante a reunião, que foi presidida pelo vice-presidente da Fecomércio/AM, José Azevedo. Entre as principais dúvidas estavam a preservação do patrimônio, a geração de receita na área do porto de Manaus e como estancar a perda de faturamento do empreendimento.