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Aumento de embarques pelo Arco Norte ainda não reduziu custo com transporte

O aumento do embarque de grãos pelo Arco Norte, principalmente em Belém (PA) e Itaqui (MA), demonstra um avanço nas políticas de incentivo do setor, mas que ainda não é suficiente para diminuir o custo dos produtores comtransporte por causa da falta de infraestrutura em rodovias, ferrovias e hidrovias, apontou a assessora técnica da Comissão de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisangela Pereira Lopes.


Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) citados pela assessora, as despesas com transporte da lavoura até os portos de embarque no Brasil aumentaram 228,6% de 2003 a 2013. "A mudança da produção para o Centro-Norte do País - região desprovida de infraestrutura e logística adequada - eleva o custo operacional em até 30%", disse Elisângela, conforme nota divulgada pela confederação. A avaliação foi feita durante apresentação no 1º Fórum Internacional de Logística e Modais realizado na 5ª edição doRondônia Rural Show.


Elisângela ressaltou que as exportações do complexo soja e milho pelos portos do Arco Norte saltaram de 7 milhões de toneladas em 2009 para 19,4 milhões de toneladas em 2015. Apesar do aumento, 80,4% da produção de grãos acima do paralelo 16 ainda é exportada pelos portos de Santos e Paranaguá.


A assessora da CNA apresentou ainda dados de uma simulação feita em 2014 pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) a respeito do custo do transporte da produção escoada para os portos do Sul e Sudeste. Conforme os dados, a produção de soja que sai pelas rodovias de Sorriso (MT) com destino ao Porto de Santos (SP) custava US$ 126 a tonelada. Se utilizada a BR-163, de Sorriso a Miritituba (PA), com transbordo até os portos de Belém, o valor recuaria para US$ 80 a tonelada.


A assessora técnica da CNA disse também que, comparado aos demais Estados brasileiros, Rondônia ocupa a 21ª posição em densidade de rodovia pavimentada e que aproximadamente 50% dessa malha demonstra alguma deficiência em termos de sinalização, pavimentação e geometria da via. Entre os investimentos necessários para a região, a CNA apontou a adequação, dragagem e sinalização da hidrovia do Rio Madeira, ampliação e modernização do Porto de Porto Velho e construção de faixa adicional, sinalização e recuperação do pavimento da BR-364.


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