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Brasil mantém competitividade e lidera exportações globais de soja

  • Notícias Agrícola
  • 20 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Os números recordes nas exportações brasileiras de soja não param de aparecer. Somente nas duas primeiras semanas de maio, o Brasil já embarcou 5,2 milhões de toneladas da oleaginosa. Em abril, foram 10,1 milhões, ou seja, 20% a mais do que em março e 50% a mais do que no mesmo mês de 2014. Dessa forma, o país se consolida, nesta temporada 2015/16, como o maior exportador mundial da commodity.


Especialistas atribuem essa explosão nas vendas externas de soja a uma conjunto de fatores, porém, o mais forte deles foi, sem dúvida, a alta do dólar, principalmente durante o período em que ocorreu a comercialização antecipada do produto do atual ano safra, onde a moeda norte-americana chegou a superar os R$ 4,00, catalisando a competitividade da oleaginosa nacional. E o aumento das exportações brasileiras acabaram, inclusive, tomando boa parte do mercado norte-americano neste período diante de uma demanda global extremamente aquecida.


Em seu último reporte mensal de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou, inclusive, os números das importações mundiais para 131,08 milhões de toneladas, contra as 123,39 milhões do ano safra 2014/15. Dessa forma, os estoques finais mundiais da atual temporada - 74,25 milhões de toneladas são estimados para ficarem abaixo do registrado na anterior - 78,08 milhões. O departamento projeta ainda que as exportações mundiais deverão alcançar neste ano 2015/16 132,58 milhões de toneladas, contra as 126,15 milhões de 2014/15.


A soja brasileira poderia, ainda, ocupar o espaço que deverá ser causado pelas quebras da safra da Argentina por conta do excesso de chuvas. O país, de acordo o diretor executivo da consultoria Globaltecnos, Sebastián Gavalda, em entrevista à agência Reuters, poderia exportar 25% menos em função dessas perdas, somando um volume modesto de apenas 8,5 milhões de toneladas. A perda de qualidade dos grãos argentinos também pesou para essa contabilidade.


Demanda


A China, no quadro mundial de demanda pela oleaginosa, se mantém como destaque e suas importações deverão alcançar as 83 milhões de toneladas, ainda de acordo com os últimos números do USDA. Projeções de consultorias privadas, porém, acreditam em volumes ainda acima disso. A nação asiática, em 2016, foi responsável pela compra de 79% do volume de 20,89 milhões de toneladas já exportado pelo Brasil de janeiro a abril.


"O mercado asiático de alimentos está em crescimento e aumentou a demanda tanto pelo grão quanto pelo farelo. Acredito que essa tendência deve se manter nos próximos meses", disse, em entrevista ao portal InfoMoney, o gerente de economia da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Daniel Furlan.


O consumo mundial geral, no entanto, também dá sinais de expressivo incremento. E boa parte desse avanço tem se dado pela maior demanda por farelo de soja frente a uma demanda maior por proteína animal em todo o globo, principalmente em países emergentes. "A demanda global por oleaginosas deverá aumentar mais do que no ano anterior. E o esmagamento de soja está projetado para crescer cerca de 4%", informou o USDA em seu último reporte.


Ao mesmo tempo, ainda de acordo com informações do departamento, o consumo mundial de proteína animal também indica elevadas perspectivas de crescimento com um movimento que deverá ser liderado pela China e alguns outros mercados importantes, como mostra o gráfico a seguir.




 
 
 

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