Quatro empresas da China têm interesse em projeto de ponte Salvador-Itaparica
- A Tarde
- 13 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Pelo menos quatro empresas chinesas mantêm-se interessadas no projeto de construção e exploração da ponte Salvador-Itaparica, orçado em R$ 5 bilhões. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 12, pelo secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster, em entrevista coletiva realizada no Hotel Sotero, em Salvador, onde ele se reuniu com técnicos da construtora chinesa Crec 10 (sigla da companhia China Railway Engineering Group). No caso específico da Crec 10, o interesse maior é nos projetos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e no Porto Sul, na região de Ilhéus.
A estratégia de atração de investidores chineses para dar continuidade a grandes projetos de infraestrutura no estado deve ser intensificada ainda mais agora pelo governo baiano, como forma de também driblar eventuais cortes de verbas federais durante o governo Temer. "Esperamos que, caso haja dificuldades nessa área, sejam meramente em função da crise fiscal, até porque qualquer tentativa de mesquinharia nesse sentido seria uma estratégia falida, diante da importância político-econômica da Bahia", disse Dauster.
As propostas em relação à Fiol e ao Porto Sul estariam mais adiantadas, com interesse concreto da Crec 10. Os engenheiros e técnicos da área de finanças da empresa devem realizar estudos técnicos nos próximos três meses para avaliar a viabilidade dos investimentos, que, juntos, somam R$ 4 bilhões.
Retorno
"Esta visita representa um tijolo a mais na construção desses projetos fundamentais para a Bahia", disse Dauster. No caso da ferrovia, o projeto envolve a conclusão do trecho baiano, entre os municípios de Ilhéus e Caetité, saindo, portanto, do litoral sul até a divisa do estado com a região Centro-Oeste do país. A linha férrea deve se integrar, posteriormente, ao Porto Sul, permitindo novas alternativas para o escoamento da produção de minérios e grãos da Bahia. O prazo previsto para retorno dos investimentos no trecho da Fiol é de até 36 meses, e de até 48 meses, no caso do Porto Sul.
Confiante no resultado das análises técnicas dos chineses da Crec 10, Dauster espera assinar contratos ainda no segundo semestre. Além da exploração do porto e da ferrovia, a qualidade dos minerais produzidos na Bahia também estariam despertando a atenção dos chineses, ampliando as chances de eles apostarem nos projetos de infraestrutura. O presidente da companhia Bahia Mineração (Bamin), Claudio Menezes, também participou da reunião técnica com os chineses nesta quinta em Salvador.
No caso do Porto Sul, o complexo será formado pelo Terminal de Utilização Privada (TUP) do estado e pelo TUP da Bamin. A previsão é de movimentação de cargas de todos os tipos de granel e cargas em seus diversos acondicionamentos.
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