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Mercosul Line amplia serviços de cabotagem

  • A Tribuna
  • 8 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Com a previsão de aumento na movimentação de cargas de cabotagem, o Porto de Santos recebe nesta quinta-feira (7) o novo navio da Mercosul Line que atuará nesse serviço. Capaz de transportar 2,5 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o Mercosul Itajaí passa a integrar a recém-criada linha que ligará os portos de Buenos Aires, na Argentina, e Fortaleza (CE), passando por complexos marítimos até então não escalados pela armadora.


O anúncio da Mercosul Lines foi feito por seus executivos na quarta-feira (6), durante o segundo dia da 22ª edição da Intermodal South America, na Capital. O evento segue até hoje, no Transamérica Expo Center.


O Mercosul Itajaí em Santos: Cargueiro passa a integrar nova linha de cabotagem da armadora

O Itajaí será batizado em junho. Ele foi construída no estaleiro Guangzhou Wenchong Shipyard Company, na China, e adquirido por R$ 200 milhões. Trata-se da quarta embarcação da armadora, que tem como atividade principal a navegação de cabotagem.


“Investimos muito tempo, estudos e esforços para melhorar nossos serviços aos clientes brasileiros. Por isso, decidimos investir em um novo navio com bandeira do País, permitindo a criação de uma segunda rota e acrescentando cinco novos portos ao nosso repertório de serviços. Assim, oferecemos aos clientes a oportunidade de transportar mercadorias entre Santos e Suape (PE) pela metade do tempo”, destacou o diretor superintendente da Mercosul Line, Roberto Rodrigues.


O novo cargueiro tem 198 metros de comprimento e leva até 26 tripulantes. Com calado de 11,5 metros, a embarcação conta com mais de 500 tomadas para contêineres refrigerados (reefer), característica que é uma aposta da Mercosul Line diante da expectativa de se ampliar a movimentação por cabotagem, a modalidade de navegação pela costa.


“Estamos olhando a médio e longo prazo porque a Mercosul Line veio para ficar. Acreditamos no potencial de crescimento da carga refrigerada”, destacou o executivo. A ideia é que mercadorias hoje transportadas pelo modal rodoviário passem a utilizar a cabotagem.


Além de uma maior oferta de tomadas reefer, o Mercosul Itajaí é o navio mais eficiente da armadora sob o ponto de vista ambiental. Segundo Rodrigues, o consumo de combustível é 20% menor, na comparação com as outras três embarcações da frota, fabricadas em 2009.


“A logística da cabotagem requer um pouco mais de planejamento, mas os ganhos são muito maiores do que depender de um caro serviço de transporte rodoviário para transportar produtos pelo País. Eles incluem a redução de congestionamentos, acidentes e mortes, além de uma diminuição significativa na cobrança de impostos para a manutenção das estradas”, explicou.


Além da entrada em operação do novo navio, a Mercosul Line também pretende lançar um segundo serviço. Hoje, a companhia utiliza os portos de Itajaí (SC), Paranaguá (PR), Itaguaí (RJ), Suape (PE), Pecém (PE), Manaus (AM) e Santos. Nessa nova linha, outros portos também receberão escalas da armadora. São eles: Buenos Aires, Rio Grande (RS), Salvador (BA) e Fortaleza.


O objetivo é expandir a cobertura e dar condições para que a movimentação de cargas através da cabotagem seja intensificada. “É uma questão cultural. Somos um País que nasceu em cima das rodovias. Uma mudança cultural tem acontecido ao longo dos anos. E a expectativa é boa com base no que as empresas têm enfrentado ao longo do tempo”, destacou Rodrigues.


Gargalos

Para o diretor da Mercosul Line, o grande entrave das operações de cabotagem é a burocracia dos complexos portuários. Em alguns casos, como no cais santista, a armadora soma um dia de atraso na liberação de mercadorias pelas autoridades do setor.


Já com relação à infraestrutura deficiente dos portos, Rodrigues aponta uma oportunidade de negócio para a armadora. Por conta da falta de obras de dragagem (serviço que mantém a profundidade dos acessos aquaviários aos terminais), grandes navios têm restrições de atracação em alguns portos. Assim, o transporte por cabotagem – que utiliza navios de menor capacidade e, consequentemente, de menores dimensões – se torna a saída para a entrega de mercadorias.


O diretor da armadora destacou que a crise econômica do País também afetou o crescimento dos serviços de cabotagem. “O mercado cresceu pouco mais de 1% em 2015 e, em 2016, eu diria que ficaremos felizes se repetirmos a performance de 2015, dado o agravamento da crise”, explicou.


 
 
 

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